quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Crer em Deus não é abrir da lógica! - parte II

Crer em Deus não é abrir mão da lógica! - parte II

Hoje continuamos na apresentação em sequência de três argumentos com bases na ciência e na lógica que nos levam a concluir que é coerente crermos em Deus. Ou seja, o objetivo não é provar cientificamente a existência de Deus e sim de mostrar que há mais razões lógicas para crermos na existência de Deus do que razões lógicas para crermos que não há um deus.

2) A Perfeita Sintonia
Não é novidade alguma a complexidade do Universo em que vivemos tampouco a perfeição encontrada em nosso planeta para que haja vida. São diversos detalhes minuciosamente percebidos e equilibrados para que esse único planeta pudesse gerar um ambiente possível de se ter vida.

É fato que não sabemos com certeza científica se há ou não vida em outros planetas. Mas o tema não é esse! O tema é a Perfeita Sintonia que temos no planeta Terra, que é algo comprovado cientificamente.

Quando olhamos de maneira científica para nosso planeta, para outros planetas, para as galáxias, estrelas, átomos... verificamos que, para haver a possibilidade de existência de todo esse Universo e a manutenção dele em equilíbrio, há uma série de constantes matemáticas e físicas absolutas. São valores extremamente complexos e precisos que não podem ser alterados, caso contrário todo Universo iria por água abaixo.

Valores chamados de Constantes e Quantidades Fundamentais do Universo. Esses valores foram descobertos ao longo da história, e todos os cientistas mais renomados sempre se surpreendem com a complexidade dessas constantes.

Todos reparam que esses números são tão bem sintonizados num grau de precisão tão absurdamente perfeito, que se houvesse qualquer mínima alteração (mesmo que de uma unidade!) em qualquer uma dessas constantes, não haveria possibilidade alguma de existir Universo algum! Isso mesmo: não causaria apenas planetas inabitáveis, mas causaria a impossibilidade de qualquer matéria ser criada.

Para exemplificar, vamos levar em consideração a Gravidade, ou Força Gravitacional da Terra. Para se calcular qualquer força gravitacional exercida sob algum corpo, adota-se a Constante Gravitacional, "G". Se essa constante tiver seu número alterado mesmo que em uma unidade, dentre as dez elevado à sessenta (não tenho como representar numericamente no meu teclado) partes, não haveria vida no Planeta.

Você tem noção do tamanho do número dez elevado à sessenta? É o número 10 seguido por sessenta números zero. Tente escrever ele num papel aí. Agora altere uma unidadezinha desse número e o resultado implicará na impossibilidade de se ter vida. E essa é UMA das inúmeras constantes que permitem a vida em nosso planeta e o equilíbrio do Universo. 

Se essa alteração mínima ocorresse em quaisquer constantes, o resultado seria uma drástica expansão universal, ou então uma drástica compressão universal. Em ambos os casos, não haveria possibilidade de existir vida, estrelas, planetas nem universo.

A infinidade de constantes existentes nos leva à conclusão de que somente um equilíbrio completamente perfeito e extremamente delicado pode manter um Universo em equilíbrio e com apenas um planeta com capacidade de possuir seres viventes.

Ante essas constatações, inúmeros cientistas renomados, tais como Stephen Hawking, Sir Martin Rees e David Deutsch concordam que não há como negar que essa complexidade e exclusividade seja por causa de uma causa específica. Até mesmo o tão famoso Lawrence Krauss afirma que o Universo nos dá muitas pistas sobre essa Perfeita Sintonia.

E é nesse ponto que os cientistas começam a perder um pouco da lógica. A grande maioria deles se dizem ateus, pois a ciência explica tudo e não há necessidade da existência de um Ser superior para criar nada do que vemos hoje. Afirmam que o Universo originou-se pelo simples fato de que havia a possibilidade de ser originado e por isso se originou. Bem lógico e argumentativo (percebam a ironia e sarcasmo)... O professor Krauss inclusive afirma que não há causalidade nenhuma no Universo, e que o Universo é meramente físico, composto por matéria e tem várias teorias bem interessantes sobre o início de tudo. Só que ao afirmar que o Universo nos dá 'pistas' de uma Perfeita Sintonia, mas que isso não passa de aparência, eu me pergunto: como é que um Universo sem qualquer causa para sua existência passa a dar 'pistas' de algo que, na verdade, nem existe?!?!

Há três possibilidades para se ter essa Perfeita Sintonia: necessidade, acaso ou projeto. Vejamos cada uma delas.

A) Necessidade - de acordo com essa possibilidade, o Universo precisa conter um determinado local onde há como ter vida. Certo. Mas será que isso é realmente plausível? Afinal, é impossível termos um Universo onde não há planetas habitáveis? Não! Muito pelo contrário. Quando olhamos Universo afora, é infinitamente mais comum encontrarmos planetas não habitáveis. As leis e constantes que regem nosso Universo, independem das leis da natureza. Não há provas nem razões plausíveis para crermos que o Universo necessita de ter essa sintonia.

B) Acaso - essa possibilidade se resume à sorte. Mas a probabilidade matemática de existir um planeta como o nosso (capaz de permitir vida) é absurdamente remota. Não há lógica em se crer numa probabilidade que está mais para ser uma improbabilidade. Para tentar dar mais sentido a essa possibilidade de termos a sintonia pelo acaso, muitos cientistas abandonaram o modo empírico e se apropriaram de especulações, criando a teoria do Multiverso. Ou seja, há uma espécie de criador de universos, que constantemente os gera, fazendo com que todos coexistam. Sendo assim, em algum momento esse criador de Universos irá criar um Universo que possua planetas habitáveis. O problema é que não é nada comprovado cientificamente. Tanto é que encontramos essa teoria na Metafísica, ou seja, aquilo que está além da matéria, portanto não pode ser comprovado por métodos empíricos, sendo assim, não há como ser detectado, observado, mensurado nem provado. E o mais interessante é que, para se existir esse gerador de Universos, o tal Multiverso, é necessário haver uma imensa combinação de perfeitas sintonias! Além disso, pequenas frações de baixa ordem são muito mais prováveis do que pequenas frações de alta ordem. Portanto, seria mais provável termos um pequeno planeta com apenas um observador. Mas essa não é a realidade! O que temos é um planeta consideravelmente grande, extremamente complexo e com bilhões de observadores nele. O que nos leva a concluir que, mesmo que houvesse um Multiverso, ele não seria capaz de explicar a Perfeita Sintonia.

C)Projeto - nos resta verificar a última possibilidade: o Universo possui essa perfeita sintonia por ter sido projetado especificamente para ser assim. A própria ciência mostra geneticamente e nas diversas composições a proximidade entre todos os seres vivos e toda matéria existente em nosso planeta, que eu vejo como a marca de um mesmo criador. Da mesma forma que um especialista nas obras de Picasso consegue diferenciar cada uma delas e perceber padrões de estilo e preferência, o Universo, a Terra, os animais e toda criação revela as marcas de Seu Criador.

Não é nada ilógico crermos na existência do Criador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário